Fascite plantar: O que é e como identificar

Você já ouviu falar em Fascite Plantar? Essa condição é uma das principais causas de dor no calcanhar e afeta milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente adultos ativos entre 25 e 65 anos.

Se ao acordar você sente uma dor incômoda ao dar os primeiros passos, ou se a dor surge após ficar muito tempo de pé, é possível que você esteja lidando com a fascite plantar. Este sintoma é bastante comum e serve como um indicativo de que talvez seja hora de buscar a opinião de um especialista.

Estou aqui para ajudar você a entender melhor essa condição e a descobrir as melhores formas de tratamento.

O que é fascite plantar?

A fascite plantar é a inflamação da fáscia plantar, um tecido localizado na sola do pé e que conecta o calcâneo (osso do calcanhar) aos dedos.

A causa principal da condição é o aumento da tensão na fáscia plantar. Essa estrutura é responsável por manter o arco plantar e proporcionar estabilidade ao pé. Esse aumento de tensão pode ter várias origens.

Sintomas de fascite plantar

Quem tem fascite plantar pode apresentar vários sintomas, sendo os mais comuns dor, rigidez e queimação na sola do pé. A dor pode ser aguda ou crônica e se intensifica normalmente em situações específicas:

• Logo pela manhã, ao dar os primeiros passos;
• Após ficar em pé por longos períodos;
• Ao subir escadas;
• Depois de realizar atividades físicas intensas.

Essa dor pode se desenvolver gradualmente ou aparecer subitamente após uma atividade intensa.

Fatores de risco

Existem diversos fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolver tensão ou uso excessivo do tecido plantar do pé:

• Idade: a fascite plantar é mais comum entre pessoas de 40 e 60 anos;
• Tipos de exercício: atividades que impõem estresse excessivo no calcanhar e na fáscia plantar, como corrida de longa distância e ballet;
• Anormalidades nos pés: condições como pé chato, pé cavo ou outros problemas estruturais nos pés;
• Obesidade: o excesso de peso pode sobrecarregar os músculos e ossos das pernas e pés;
• Profissões: trabalhos que exigem longos períodos em pé podem contribuir para o desenvolvimento da condição;
• Calçados inadequados: sapatos que são muito macios ou que não oferecem suporte adequado para o arco do pé.

Se você sentir dor intensa ou persistente na sola do pé, é recomendado procurar um ortopedista especialista em pé e tornozelo. Como seu médico, estou aqui para ajudar no diagnóstico e tratamento da fascite plantar, assegurando que você possa retomar suas atividades diárias sem dor.

Diagnóstico

Para diagnosticar fascite plantar, começo por coletar um histórico médico detalhado e realizar um exame físico. Durante a consulta, avalio a sensibilidade na sola do pé, verifico a existência de pé chato ou pé cavo e procuro sinais como inchaço, vermelhidão, rigidez ou tensão no arco do pé.

Além disso, utilizo exames de raios X para ajudar a descartar outras condições mais graves que possam estar causando os sintomas. Dependendo dos resultados iniciais, posso solicitar outros exames, como:

• Ressonância Magnética (RM): exame importante para excluir outras patologias, como a fratura de estresse no calcâneo. Costuma ser utilizado também para planejamento cirúrgico;
• Cintigrafia óssea: em casos selecionados, ajuda a quantificar a inflamação e pode ser realizada para excluir outras patologias;
• Estudo analítico: pode ser útil para excluir outras condições, como artrite inflamatória e infecções;
• Eletromiografia: utilizada para excluir compressões nervosas.

Tratamento da fascite plantar

Como seu médico, gostaria de discutir as opções de tratamento para a fascite plantar, que incluem medicamentos e fisioterapia, com o objetivo de reduzir a dor, controlar a inflamação e reequilibrar a musculatura.

Recomendo frequentemente que meus pacientes trabalhem com um fisioterapeuta em um programa de exercícios focados em alongar os músculos da panturrilha e a própria fáscia plantar.

Esse programa pode incluir tratamentos especializados, como aplicações de gelo, massagens e outras terapias para diminuir a inflamação ao redor da fáscia plantar.

A maioria dos tratamentos não cirúrgicos proporciona alívio eficaz, e a duração do tratamento pode variar de várias semanas a alguns anos, embora a maioria dos pacientes apresente melhoras em cerca de nove meses.

Recomendo o uso de palmilhas ortopédicas para ajudar a distribuir a carga durante a marcha e aliviar os sintomas. Em fases mais agudas, o uso de uma bota walker pode permitir uma melhor distribuição das cargas e proporcionar um alívio significativo da dor. À noite, o uso de uma tala ou órtese pode ser benéfico para reduzir os sintomas.

Em casos raros, quando as intervenções conservadoras não são suficientes, pode ser necessário realizar um tratamento cirúrgico para aliviar a dor de forma mais eficaz.

Se você está enfrentando sintomas de fascite plantar ou tem dúvidas sobre a saúde dos seus pés, não hesite em buscar ajuda. Agende uma consulta comigo hoje mesmo para obtermos um diagnóstico preciso e começarmos o tratamento mais adequado para o seu caso. Estou aqui para ajudá-lo a retomar suas atividades diárias sem dor.

Dr. Noé De Marchi Neto
Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo
CRM-SP: 120.546 I RQE: 61.936

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