O futebol é o esporte mais praticado no Brasil e no mundo, sendo causador de várias lesões. Pratico esta modalidade desde os 7 anos de idade, quando iniciei na categoria fraldinha do Campeonato Interclubes em São Paulo, jogando pelo Colégio Santo Américo. Desde então, colecionou diversas lesões, cirúrgicas e não cirúrgicas. Após jogar na categoria infanto-juvenil do Interclubes, joguei Universitário pela Santa Casa de São Paulo, e depois por conta de trabalho e falta de tempo, passei alguns anos praticamente sem jogar, e voltei recentemente participando do campeonato interno do Esporte Clube Sírio. Profissionalmente, trabalhei em algumas equipes de futebol (Grêmio Recreativo Barueri, Seleção Brasileira de Futebol Feminino e Red Bull), e tive a oportunidade de aprender detalhes do tratamento ortopédico nesta modalidade.
Em relação às lesões do futebol, são comuns: lesões musculares e de tendões, lesões ligamentares, fraturas e outras lesões menos frequentes. As mais comuns são as lesões musculares e de tendões, e para o tratamento das mesmas, o predomínio é a atuação do fisioterapeuta, e no caso de atletas profissionais, também do preparador físico. Uma boa fisioterapia é fundamental para tratar e reintegrar o atleta com segurança ao futebol. A atuação do médico nessas lesões muitas vezes é conduzir o caso, e atualmente existem algumas modalidades de tratamento que podem auxiliar. Por conta disso, o Dr. Davi Ribeiro do Prado (ortopedista) trabalha conosco no Instituto Salute, pois o mesmo tem ampla experiência com esporte (médico do Futsal e Basquete do Corinthians, trabalhou no Juventos, Osasco, Oeste Barueri, Portuguesa e Nacional). É especialista em Terapia por ondas de choque e Termografia, duas modalidades que auxiliam no tratamento de lesões musculares e tendinosas, e além disso, realiza Ultrassonografia durante o acompanhamento das lesões e para infiltrações nas suas consultas, com aparelho portátil que possui.
Apesar de tantos problemas que o futebol pode causar, é um esporte apaixonante, para muitos uma terapia mental, e a medicina esportiva se desenvolve para reabilitar tais lesões sempre buscando o retorno do atleta ao esporte, de forma profissional ou amadora recreativa. Portanto, a frase: “Você não pode mais jogar” deve ser cada vez mais extinta do vocabulário médico. Vemos no dia a dia que muitas pessoas, mesmo com lesões graves, às vezes já com artrose (desgaste) grave do joelho, quando fazem um bom trabalho muscular, se cuidam do ponto de vista de alimentação e peso, conseguem manter alguma atividade recreativa com o futebol. Para quem joga e é apaixonado pelo futebol, é extremamente triste e traumático escutar que não poderá mais jogar, e o meu trabalho consiste em orientar uma estratégia para colocar esses indivíduos de volta aos campos e quadras de futebol.
Prof. Dr. Luiz Gabriel Betoni Guglielmetti
