O paciente diabético pode apresentar várias complicações sistêmicas em seu corpo. Nos pés, o chamado pé diabético ocorre das alterações neurológicas periféricas associadas a distúrbios vasculares provocadas pela evolução da doença.
No pé diabético a circulação sanguínea é deficiente e a sensibilidade está diminuída ou ausente, assim os doentes não sentem dor ao andar, pisar numa pedra ou num solo muito quente, o que propicia a formação de feridas (úlceras) nos pés e pode evoluir para uma infecção profunda dos tecidos moles e ossos (osteomielite). As complicações podem ser tão graves a ponto de levar à amputação do membro afetado.
Também podem aparecer deformidades dos pés decorrentes da Artropatia de Charcot, que fraturam, deformam e expõem áreas da pele a maiores compressões.
Os pés diabéticos devem ser inspecionados diariamente, inclusive a planta dos pés e o interior dos calçados. Se houver pequenas feridas, bolhas, áreas avermelhadas, alterações nas unhas, proeminências ósseas e mudanças na forma dos pés, o médico deve ser procurado.
Artigo escrito pelo Dr. Noé De Marchi Neto
Médico Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo