A ausência do ligamento cruzado anterior (LCA) após sua lesão costuma gerar instabilidade no joelho, ou seja, a pessoa fica com a sensação de que o joelho está “solto”, e acaba sofrendo novas torções em determinadas ocasiões. A ocorrência de novas torções leva a novas lesões associadas, como lesões dos meniscos e lesões de cartilagem, e com isso o joelho tende a “desgastar” antes do que deveria, ou seja, evolui para o que chamamos de artrose.
Por outro lado, existem pessoas que sofrem lesões parciais do LCA ou mesmo lesões completas, e não apresentam instabilidade da articulação para as atividades do dia a dia, e mais, alguns indivíduos não têm instabilidade até para atividades de risco para novas torções (esportes com mudanças de direção a exemplo de futebol, basquete etc.), porém estes são exceções.
O intuito da cirurgia é reestabelecer a estabilidade do joelho, portanto está indicada para aqueles que apresentam instabilidade no dia a dia ou para aqueles que pretendem realizar atividades esportivas de risco. Portanto indivíduos jovens, a tendência é operar, e indivíduos mais velhos, com baixa demanda, que não apresentam instabilidade no dia a dia, o tratamento sem cirurgia costuma ser o suficiente.
Artigo escrito pelo Dr. Luiz Gabriel Betoni Guglielmetti
Médico Ortopedista especialista em Cirurgia do Joelho