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Ruptura do Menisco Medial: Cirurgia É Necessária?

Postado em: 10-02-2025

Ruptura do Menisco Medial: Cirurgia É Necessária?

A ruptura do menisco medial é uma das lesões mais comuns no joelho, afetando desde atletas até pessoas que realizam atividades diárias. 

Essa condição pode causar dor, inchaço e dificuldades para movimentar a articulação, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente. 

Uma das principais dúvidas ao receber esse diagnóstico é se a cirurgia é realmente necessária ou se há outras opções de tratamento eficazes.

Neste artigo, explicamos o que é a ruptura do menisco medial, quais são os sintomas, as opções de tratamento disponíveis e quando a cirurgia se torna indispensável.

O que é o menisco medial?

O menisco medial é uma cartilagem em formato de “C” localizada na parte interna do joelho. Ele tem a função de absorver impactos, estabilizar a articulação e reduzir o atrito entre os ossos da perna. Existem dois meniscos em cada joelho:

  • Menisco medial – localizado na parte interna da articulação.
  • Menisco lateral – localizado na parte externa do joelho.

A ruptura do menisco medial pode ocorrer devido a movimentos bruscos, sobrecarga ou desgaste natural da cartilagem ao longo dos anos.

Causas da ruptura do menisco medial

A ruptura do menisco medial pode ocorrer de diferentes formas. As principais causas incluem:

  • Lesões esportivas – Movimentos de torção abruptos, comuns em esportes como futebol e basquete.
  • Envelhecimento – O desgaste natural do menisco pode levar a rupturas degenerativas.
  • Impactos diretos – Acidentes e quedas podem causar danos à cartilagem.
  • Sobrecarga articular – Atividades de alto impacto ou levantamento de peso excessivo podem contribuir para a lesão.

As rupturas podem ser parciais ou completas, influenciando diretamente na escolha do tratamento.

Sintomas da ruptura do menisco medial

Os sintomas podem variar de acordo com a gravidade da lesão, mas os mais comuns incluem:

  • Dor na parte interna do joelho, que piora ao caminhar ou dobrar a perna.
  • Inchaço e rigidez, dificultando a mobilidade.
  • Sons de estalos ou sensação de bloqueio articular.
  • Dificuldade para apoiar o peso sobre o joelho lesionado.
  • Sensação de que o joelho está travando ou instável.

Caso os sintomas persistam ou se intensifiquem, é fundamental procurar um especialista para avaliação detalhada.

Diagnóstico da ruptura do menisco medial

Para identificar uma ruptura do menisco medial, o ortopedista realiza exames clínicos e de imagem, como:

  • Exame físico – Avaliação dos sintomas, testes de mobilidade e estabilidade do joelho.
  • Ressonância magnética – Método mais preciso para visualizar a lesão do menisco.
  • Radiografia – Ajuda a descartar outras condições, como artrose.

Com base nos resultados, o médico define a melhor abordagem terapêutica para cada caso.

Tratamentos para ruptura do menisco medial

Nem toda ruptura do menisco medial precisa de cirurgia. O tratamento depende do tipo e da gravidade da lesão, além do perfil do paciente.

1. Tratamento conservador

Lesões menores ou em pacientes com baixa demanda física podem ser tratadas sem cirurgia. As principais medidas incluem:

  • Repouso e modificação das atividades – Redução de esforços para evitar a piora da lesão.
  • Fisioterapia – Exercícios para fortalecimento muscular e reabilitação articular.
  • Medicamentos – Uso de anti-inflamatórios para alívio da dor.
  • Terapia com gelo – Ajuda a reduzir o inchaço e a inflamação.
  • Uso de órteses – Em alguns casos, joelheiras podem oferecer suporte adicional.

A recuperação com tratamento conservador pode levar algumas semanas ou meses, dependendo da resposta do paciente.

2. Quando a cirurgia é necessária?

A cirurgia é indicada nos seguintes casos:

  • Dor persistente que não melhora com tratamento conservador.
  • Bloqueio articular, impedindo o movimento normal do joelho.
  • Lesões extensas ou deslocadas, que podem comprometer a articulação.
  • Pacientes jovens e ativos, que necessitam de total recuperação da função do joelho.

A decisão pela cirurgia deve ser tomada com base em exames clínicos e na avaliação de um especialista.

Técnicas cirúrgicas para o reparo do menisco medial

Caso a cirurgia seja necessária, existem diferentes abordagens para tratar a ruptura do menisco medial:

1. Artroscopia de joelho

A artroscopia é uma técnica minimamente invasiva em que pequenas incisões são feitas no joelho para a inserção de uma câmera e instrumentos cirúrgicos. Os principais benefícios incluem:

  • Menor tempo de recuperação.
  • Menos dor pós-operatória.
  • Cicatrizes reduzidas.
  • Menor risco de complicações.

2. Sutura do menisco

Quando a lesão ocorre em uma área com boa circulação sanguínea, o cirurgião pode optar por suturar (costurar) o menisco, permitindo sua cicatrização.

3. Meniscectomia parcial

Nos casos em que a sutura não é viável, pode ser necessário remover a parte danificada do menisco para aliviar os sintomas e melhorar a mobilidade.

4. Transplante de menisco

Em lesões severas, a substituição do menisco por um enxerto pode ser considerada, especialmente para pacientes mais jovens e ativos.

Recuperação pós-cirúrgica

O tempo de recuperação depende do tipo de cirurgia realizada. Em geral, os pacientes seguem um protocolo de reabilitação que inclui:

  • Uso de muletas nos primeiros dias, se necessário.
  • Sessões de fisioterapia para recuperar a mobilidade e fortalecer a musculatura.
  • Retorno gradual às atividades físicas, respeitando as orientações médicas.
  • Monitoramento contínuo com exames de acompanhamento.

O tempo médio de recuperação pode variar entre semanas a meses, dependendo da extensão da lesão e do procedimento realizado.

Conclusão

A ruptura do menisco medial é uma condição que pode afetar a qualidade de vida do paciente, causando dor e limitações de movimento. Nem todas as lesões necessitam de cirurgia, e o tratamento conservador pode ser eficaz em muitos casos.

No entanto, quando há dor persistente, bloqueio articular ou lesões extensas, a cirurgia se torna a melhor alternativa para restaurar a funcionalidade do joelho. 

Com os avanços da ortopedia, os procedimentos minimamente invasivos oferecem recuperação mais rápida e melhores resultados para os pacientes.

O acompanhamento médico especializado é essencial para determinar a melhor abordagem e garantir uma reabilitação completa.


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