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Neuroma de Morton

O neuroma de Morton é um espessamento do nervo interdigital que localiza-se entre os dedos do pé. Com espaço reduzido, há a compressão e o pinçamento deste nervo pelos ossos do pé, causando dor, formigamento e choques nos dedos e na planta do pé, além de ardor e cãibras.

​O paciente comumente relata um incômodo, como se estivesse pisando em uma pedra ou uma bola, principalmente ao usar calçados apertados ou de saltos altos, pois o peso do corpo sobrecarrega a parte da frente do pé, aumentando a pressão na região dos metatarsos.

​O tratamento inicial envolve reeducação de hábitos do paciente, conscientização da forma correta de andar para melhorar a mobilidade e o apoio dos pés, modificação dos calçados e uso de órteses.

Fatores de risco para desenvolvimento de Neuroma de Morton

Existem diversos fatores de risco que podem aumentar as chances de uma pessoa vir a desenvolver neuroma de Morton. Entre eles podemos citar:

  • Salto alto: o uso de sapatos de salto alto ou então que são muito apertados acabam colocando uma pressão extra sobre os dedos do pé, aumentando as chances de neuroma de Morton.
  • Atividades esportivas: alguns esportes de alto impacto, como a corrida, e esportes que exijam o uso de sapatos mais apertados, como esqui ou escalada, podem aumentar os riscos de uma pessoa vir a ter algum tipo de problema no pé.
  • Deformidades nos pés: indivíduos com joanetes, pé chato, arcos altos do pé e outras deformidades possuem maior risco de desenvolver neuroma de Morton.

Sintomas do Neuroma de Morton

Muitas pessoas acabam ligando o Neuroma de Morton a uma condição em que se forma um caroço no pé. Entretanto, não é exatamente isso que acontece. 

Apesar de não ser visível, o que realmente pode haver é uma queimação, formigamento e dormência na região afetada pela lesão, e o paciente sente como se estivesse com uma pedra no sapato.

Tratamento do Neuroma de Morton

Existem alguns tratamentos possíveis para o Neuroma de Morton, entre eles a terapia física e a cirurgia.

Terapia física

O ortopedista especialista em pé e tornozelo pode indicar o uso de alguns suportes e amortecedores dentro dos sapatos para ajudar a reduzir a pressão sobre os nervos do pé. Eles são facilmente encontrados em farmácias ou lojas específicas, podendo ser adquiridos sem receita médica.

Quando esse tipo de tratamento não gera resultado, o profissional pode sugerir injeções de esteroides para aliviar a dor.

Cirurgia

A cirurgia é proposta ao paciente após a falha do tratamento conservador, por período de quatro a seis meses. Somente depois da modificação do calçado, do uso de palmilha moldada, da diminuição da atividade física e do ciclo de infiltrações sem sucesso é que opta-se pela cirurgia.

Existem duas possibilidades de cirurgias, que variam de acordo com o grau da lesão. São elas:

  • Cirurgia de descompressão: quando o ortopedista especialista em pé e tornozelo corta as estruturas vizinhas ao local da lesão;
  • Remoção do nervo via procedimento cirúrgico: quando o médico simplesmente retira o nervo afetado para aliviar a dor.

É válido citar que o tratamento cirúrgico possui uma elevada taxa de sucesso, acima dos 85%.

Artigo escrito pelo Dr. Noé De Marchi Neto

Médico Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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