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Fratura do Tornozelo

As fraturas dos tornozelos são muito comuns no dia a dia. Elas podem ser divididas em fraturas maleolares (mais comuns) e fraturas do pilão tibial.

De modo geral podemos dizer que as fraturas maleolares ocorrem devido a traumas que envolvem rotação (torção) do pé e do tornozelo, já as fraturas do pilão estão associadas a quedas de altura com impacto de maior energia.

Estas fraturas causam grande limitação para o paciente e, se não tratadas adequadamente em um curto período de tempo, já podem trazer sequelas sintomáticas como a limitação de movimento, dificuldade para andar e artrose do tornozelo.

Tipos de fratura do tornozelo

Como mencionamos acima, existem basicamente dois tipos de fratura do tornozelo, as maleolares e as do pilão tibial. Vamos entender um pouco mais sobre cada uma delas. 

Fraturas maleolares

As fraturas maleolares podem ser divididas em: fraturas unimaleolares, bimaleolares e trimaleolares. Fato é que quanto mais fratura mais instável. 

As fraturas do tornozelo afetam todas as idades e os principais sintomas incluem: 

  • Dor imediata e severa;
  • Inchaço;
  • Hematomas (que surgem no dia seguinte);
  • Sensibilidade ao toque;
  • Não se pode colocar qualquer peso sobre o pé lesionado;
  • Deformidade, quando a articulação do tornozelo é muito deslocada.

O diagnóstico de uma fratura maleolar pode ser feito através de um exame físico, porém os exames de raios-X são a forma mais comum para avaliar uma lesão no tornozelo. 

Fraturas do pilão tibial

As fraturas do pilão tibial dividem-se, basicamente, em fraturas por mecanismo rotacional ou cisalhamento, geralmente causados por trauma de baixa energia cinética. Ela é muito comum em acidentes de esquiadores e patinadores. 

Existe ainda outro tipo de fratura do pilão tibial,  causado por trauma de alta energia cinética, geralmente causado por queda de grandes alturas ou acidentes de trânsito. 

Os principais sintomas da fratura do pilão tibial são a dor e inchaço que deforma a perna, além de incapacidade de apoiar o peso do corpo. A presença de bolhas, aumento da pressão dentro da perna e a exposição óssea (fratura exposta) também podem estar presentes e necessitam de cuidados.

O diagnóstico é realizado através da história clínica e pelos sintomas apresentados pelo paciente, em conjunto com exames complementares de raio x e tomografia.

Tratamento para as fraturas do tornozelo

Podemos dizer que o tratamento para as fraturas do tornozelo irá depender do nível do problema.

Normalmente, as fraturas em que o osso não está fora do lugar ou que está apenas um pouco fora do lugar e o tornozelo é estável, o tratamento não precisa de cirurgia. Vários métodos diferentes são usados para proteger a fratura, que vão desde um tênis de cano alto  a um gesso na perna. 

Por outro lado, se a fratura estiver fora do lugar ou quando o tornozelo for instável, a fratura pode ser tratada com cirurgia. Esta serve para reduzir (colocar os ossos no lugar) e fixar a fratura com uma placa e parafusos no lado lateral ou um parafuso ou haste no interior do osso do lado medial.

Independentemente do tratamento é necessário aguardar a consolidação óssea e fazer uma reabilitação adequada com ganho progressivo de mobilidade, fortalecimento muscular e treino de marcha.

Reabilitação pós fratura do tornozelo

O objetivo da reabilitação após uma fratura do tornozelo é que o retorno do paciente ao esporte ou às suas atividades cotidianas aconteça o mais breve e seguramente possível. É importante ressaltar que o retorno precoce poderá agravar a lesão, o que pode levar a um dano permanente.

Cada paciente se recupera de lesões em velocidades diferentes e, por isso, para retornar ao esporte ou à atividade, não existe um tempo exato, mas quanto antes o médico for consultado, melhor.

De modo geral podemos dizer que o retorno ao esporte acontecerá, de forma segura, quando o paciente: 

  • Possuir total alcance de movimento do tornozelo lesionado, em comparação ao tornozelo não fraturado;
  • Possuir total força do tornozelo lesionado, em comparação ao tornozelo não fraturado;
  • Conseguir correr em linha reta, sem sentir dor ou mancar;
  • Conseguir correr em linha reta, a toda velocidade, sem mancar;
  • Fizer viradas bruscas a 45º, inicialmente a meia velocidade e, depois, a toda velocidade; 
  • Pular com ambas as pernas e somente com a perna lesionada, sem sentir dor.

Agora que você já sabe quando ocorre uma fratura do tornozelo, não deixe de procurar um ortopedista especialista em pé e tornozelo quando necessário.

Artigo escrito pelo Dr. Noé De Marchi Neto

Médico Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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