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Fascite plantar: o que é e como identificar

Também conhecida como fasceíte plantar, a fascite plantar é uma das causas mais comuns de dor no calcanhar

Ela tem uma única causa e o tratamento pode durar desde algumas semanas, até anos. Daí a importância de procurar um ortopedista especialista em pé e tornozelo quando notar a presença dos sintomas.

O que é fascite plantar?

A fascite plantar trata-se de uma inflamação de um tecido chamado fáscia plantar, que fica localizado na sola do pé e que conecta o calcâneo (osso que forma o calcanhar) aos dedos.

Podemos citar como a única causa direta da fascite plantar o aumento da tensão da fáscia plantar. Essa é uma estrutura que fica na sola do pé, responsável em manter o arco plantar e de dar estabilidade ao mesmo. 

Contudo, esse aumento da tensão na fáscia plantar possui diversas causas.

Sintomas de Fascite plantar

Um indivíduo com fascite plantar pode apresentar diversos sintomas, porém as queixas mais comuns são dor, rigidez e queimação na sola do pé.

Essa dor pode ser aguda ou crônica e ela costuma ser pior: logo pela manhã, ao dar os primeiros passos; após ficar em pé por muito tempo; ao subir escadas; e depois de realizar atividades físicas intensas.

A forma como a dor aparece é diferente em cada caso. Ela pode tanto se desenvolver lentamente, com o passar do tempo, como também pode ocorrer repentinamente após atividade intensa.

Também não podemos deixar de citar alguns fatores de risco que aumentam as chances de haver tensão ou uso excessivo do tecido plantar do pé. Entre eles estão: 

  • Idade: a fascite plantar é mais comum em pessoas na faixa dos 40 a 60 anos;
  • Alguns tipos de exercício físico: principalmente aqueles que depositam estresse excessivo sobre o calcanhar e a fáscia plantar, como corrida de longa distância e o ballet;
  • Pés com anormalidades: como o pé chato, pé cavo ou qualquer outro problema nos pés pode facilitar a ocorrência de fascite plantar;
  • Obesidade: uma pessoa acima do peso pode sobrecarregar os músculos e ossos das pernas e pés, sendo mais propensas a ter fascite plantar;
  • Profissões que exigem que os funcionários fiquem muito tempo de pé; 
  • Calçados inadequados: principalmente aqueles com solas macias demais ou que não oferecem apoio suficiente à curvatura do pé.

É importante procurar um ortopedista especialista em pé e tornozelo se você sentir dor intensa ou contínua na região da sola do pé. 

Para realizar o diagnóstico, o profissional traça o histórico médico do paciente, seguido de um exame físico para analisar a sensibilidade na sola do pé, se ele tem pé chato ou pé cavo, a presença de inchaço leve, vermelhidão, rigidez ou tensão do arco na sola do pé.

Além disso, os exames de raios-X podem ajudar a descartar outros problemas mais graves. Outros exames ainda podem ser recomendados, como:

  • Ressonância magnética (RMN): raramente usada no diagnóstico, no entanto, este exame pode ser importante para excluir outras patologias, como a fratura de estresse do calcâneo.  Ela costuma ser usada para realizar o planejamento cirúrgico.
  • Cintigrafia óssea: exame que permite ajudar a quantificar a inflamação. Pode ser realizada para excluir outras patologias.
  • Estudo analítico: apesar de não ser usado por rotina, pode ser útil para excluir outras patologias, como a artrite inflamatória e infecções.
  • Eletromiografia: pode ser usada para excluir compressões nervosas.

Tratamento da fascite plantar

Normalmente, o tratamento para fascite plantar é  feito à base de medicamentos e fisioterapia, com o objetivo de diminuir a dor, controlar os processos inflamatórios e reequilibrar a musculatura. 

Quase sempre, esses tratamentos não cirúrgicos reduzem a dor e o tratamento pode durar de várias semanas a alguns anos. Contudo, a maioria dos pacientes apresenta melhora em um período médio de nove meses. 

O uso de uma palmilha ortopédica permite distribuir a carga durante a marcha e desta forma aliviar as queixas. Também pode ser indicada a utilização de uma “bota walker”, desenvolvida de forma a permitir uma melhor distribuição das cargas durante a marcha. Esta é uma boa opção para as fases mais agudas, permitindo um alívio da dor. O uso de uma tala ou órtese noturna também contribui para a redução dos sintomas.

Em casos mais raros, o especialista pode recomendar o tratamento cirúrgico para aliviar a dor.

Lembre-se que apenas um ortopedista especialista em pé e tornozelo pode dizer qual o medicamento e tratamento mais indicado para o seu caso.

Se você está com algum sintoma fascite plantar, agende uma consulta com um dos especialistas do Instituto Salute.

Artigo escrito pelo Dr. Noé De Marchi Neto

Médico Ortopedista especialista em Pé e Tornozelo pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

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