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Quais os principais tipos de fraturas do punho?

O rádio é o maior dos dois ossos que formam o antebraço. A extremidade no sentido do punho é chamada de extremidade distal. Fraturas do rádio distal ocorrem quando a área do rádio próxima ao punho se quebra.

As fraturas do punho ou do pulso, a saber, são muito comuns dentre os 27 ossos que compõem a mão e punho. Entretanto, para todos eles há uma alternativa de tratamento, que você encontra na especialidade da Salute para mão e microcirurgia.

A saber, algumas fraturas são mais sérias do que outros, em que podem ser consideradas estáveis, pelo fato de que o osso não saiu do lugar, enquanto alguns tipos de fraturas deslocadas, precisam de um tratamento cirúrgico, uma vez que, a mobilização tradicional com gesso não é o suficiente para manter o osso na posição.

Isso é importante saber, porque muitos pacientes que chegam no consultório de ortopedia da mão no Instituto Salute ainda sofrem com fraturas de punho que não tiveram sucesso no tratamento inicial, e em busca de uma segunda opinião médica sobre seu caso, acabam descobrindo que o método escolhido para seu problema não foi o mais apropriado.

Portanto, fraturas graves como essas em que o paciente, mesmo orientado, não sente melhora ou ainda, que não tenha buscado ajuda especializada, precisa compreender que podem ocorrer um rompimento dos ossos em vários pequenos fragmentos, causando dor e levando a um quadro de infecção óssea.

E como toda condição médica descoberta no início, as chances de recuperação e até mesmo a cura completa são mais elevadas, valendo a pena buscar um diagnóstico precoce.

Articulação do punho

O punho é formado por uma série de articulações, estruturas membranosas (retináculos), bainhas tendíneas (que formam túneis e pontes), ligamentos, incluindo ainda, os músculos, túneis extensores e o plexo braquial (raízes nervosas ou vasculares) que cada um de acordo com a região que se encontra, contribui para o movimento do antebraço.

Logo, os movimentos de flexão, extensão, circundução, adução e abdução são fundamentais para realizarmos com autonomia as diversas atividades do dia a dia, desde trabalhar, praticar esportes ou para aproveitar os momentos de lazer.

E quando se fala que as fraturas do punho são comuns, é porque esse membro em especial é mais suscetível e exposto que outras partes ósseas do corpo humano, além da sua participação ativa e essencial para quase tudo que os humanos realizam. 

Principais tipos de fratura de punho 

A princípio, os tipos de fratura do punho tanto podem sofrer a ruptura em apenas um ponto, como também, fragmentar-se em vários pedaços, que favorecem em menor ou maior escala o deslocamento dessa lesão. As mais comuns delas e que devem ser tratadas por um especialista são:

Fratura de Colles

Trata-se de uma fratura que atinge rádio distal (punho) com deslocamento dorsal dos fragmentos, ficando com aspecto semelhante ao perfil de um garfo, ou seja, quando a região da parte extrema do rádio se desloca para cima.

A saber, a fratura de Colles é um dos tipos de fraturas de punho mais comuns, especialmente na terceira idade, e em especial nas mulheres, uma vez que são mais vulneráveis à osteoporose e outras doenças relacionadas à perda óssea.

A fratura de Colles teve seu primeiro registro em 1814 pelo cirurgião e anatomista irlandês Abraham Colles.

Para o tratamento da fratura de Colles, o método tradicional ou conservador é o mais indicado.

Fratura de Smith 

Conhecida também como a fratura de Colles invertida, é quando o rádio distal sofre uma fratura com deslocamento de fragmentos devido o membro estar em posição fletida (dobrada).

A fratura de Smith é menos comum que a fratura de Colles, entretanto, se faz necessário cirurgia para correção das consequências da fratura.

Fratura do escafóide

O osso escafóide é um dos que compõem a área do carpo, ou seja, que conecta o rádio e a ulna do antebraço, que possui a característica de baixa instabilidade em casos de fraturas, por não apresentar tantos ligamentos quanto outras áreas do punho. 

A queda com o apoio sobre a mão, normalmente estendida, é que gera a fratura do escafóide e que a imobilização com gesso durante algumas semanas, em geral, ajuda na correção dos movimentos, exceto em casos que outras lesões se somam ao quadro inicial, e que uma operação de artroscopia seja a mais indicada.

Fratura de Barton 

É a fratura óssea intra-articular do rádio distal, conhecida também como luxação da fratura da articulação radiocarpal, em que a parte afetada se desloca para frente. A fixação de parafusos e placas é praticamente imprescindível para esse tipo de fratura.

Fratura do motorista

É o tipo de fratura do punho decorrente de acidentes de trânsito, devido à posição das mãos no volante, que causa a ruptura do estilóide radial (próximo à região do polegar), em que os ligamentos são afetados, e o tratamento se dá pela indicação cirúrgica.

Fratura em galho verde 

Considerando que os ossos de uma criança são diferentes da fase adulta, a fratura em galho verde se refere ao tipo de fratura do punho em que um lado permanece íntegro, enquanto em um adulto essa mesma região seria toda fragmentada.

A saber, fraturas de punho em crianças são relativamente comuns, principalmente, quando estão realizando alguma prática esportiva ou recreativa, mas que, merece atenção dos pais para evitar que complicações apareçam na vida adulta.

Fratura do estilóide ulnar

Conhecida também como fratura de Galeazzi, ocorre próximo do punho e meio do antebraço, podendo atingir parte do cotovelo, que embora seja a menor ocorrência dentre os tipos de fratura de punho citados, é uma das que causam a limitação dos movimentos da articulação, e que por isso, já é indicado inicialmente a cirurgia com a colocação de parafusos em torno do local fragmentado.

Outras formas de que o rádio pode sofrer ruptura é a fratura aberta, que é quando um osso fraturado rompe a pele. Esse tipo de fratura também é chamada de fratura exposta.

Também se inclui na lista, a fratura cominutiva, que está associada ao osso que é quebrado em mais de duas partes, inclusive, o osso do antebraço também pode sofrer uma fratura, que nesse caso, é chamada de fratura distal da ulna.

Como saber se estou com o pulso quebrado?

Como a fratura do punho ocorre após um choque ou uma queda, certamente, você pode perceber alguns sintomas como dor, inchaço, dormência e até mesmo dificuldade de movimentar os dedos, o que significa que é preciso atendimento médico de urgência.

Entretanto, algumas pessoas postergam essa visita ao centro de saúde e acabam com complicações, que podem interferir na amplitude do movimento, diminuição da força, inclusive, na má cicatrização, nos casos de indicação cirúrgica. 

Diagnóstico de fratura do punho

O indivíduo que busca atendimento certamente passará por uma avaliação física, além de exames de imagem que indiquem qual dos tipos de fratura do punho é a que se apresenta, para que seja indicado o tratamento mais adequado.

Logo, exames como raio x, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser solicitados, conforme a necessidade de o médico identificar a fratura e possíveis complicações que impactam na regeneração do osso.

Quais as causas das fraturas do punho?

A princípio, um pulso quebrado pode ser decorrente por diversos fatores, dentre eles:

  • Quedas, como cair com a mão espalmada (estendida);
  • Lesões esportivas, durante esportes de contato ou que levem a quedas;
  • Acidente de carro ou outros veículos motorizados, em que podem expor o punho de forma a quebrar em pequenos fragmentos os ossos da região.

Tratamento para fraturas do punho

No Instituto Salute, todos os ortopedistas são especializados em medicina esportiva, ideal para os atletas profissionais que precisam prevenir, tratar ou reabilitar-se dos mais diversos tipos de fraturas.

Além disso, os tratamentos são feitos de forma individualizada e humanizada que consideram os aspectos de saúde, estilo de vida e idade do paciente, a fim de que haja uma melhora na sua qualidade de vida, de forma geral.

Então, os tratamentos para as fraturas de punho podem ser desde as tradicionais, com a prescrição de medicamentos, imobilização com tala ou gesso e terapia como reabilitação ou fisioterapia.

Em casos mais graves, a indicação cirúrgica é a alternativa que apresenta maiores chances de melhora, uma vez que, independentemente da fratura, o objetivo do especialista é ajudar o paciente a ter os movimentos dos dedos novamente, ou o máximo que for possível obter dado o diagnóstico.

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