Fratura de estresse do pé
Postado em: 18-08-2021
Densidade mineral óssea, níveis hormonais, carências vitamínicas e má alimentação são apenas alguns fatores que colaboram para a fratura de estresse do pé. Em outras palavras, eles contribuem para que o impacto em determinada região gere fissuras nos ossos, facilitando a fratura.
A fratura de estresse do pé faz parte de uma síndrome maior provocada pelos treinos acima dos limites físicos (overtraining). Assim, muitas vezes, não é necessariamente o treino o vilão e sim o metabolismo do atleta.
As mulheres, que fisiologicamente possuem níveis de testosterona abaixo que os homens, têm uma tendência maior de apresentar o problema. Dessa forma, fatores com irregularidades menstruais e determinados tipos de anticoncepcionais não podem ser negligenciados em uma avaliação médica.
Mas afinal, o que realmente caracteriza uma fratura de estresse do pé?
Fratura de estresse do pé: excesso de sobrecarga?
Tratam-se fraturas incompletas e pequenas dos ossos que ocorrem devido ao estresse repetitivo. Ou seja, elas desenvolvem-se quando um suporte de peso repetitivo excede a capacidade dos músculos e tendões de apoio absorverem o estresse e protegerem os ossos.
Ela pode acontecer de diferentes formas e regiões totalmente distintas. Contudo, existem locais onde ela é mais comum, dentre os quais:
- Ossos sesamóides;
- Metatarso;
- Tálus, região próxima a articulação do tornozelo;
- Osso calcâneo.
De acordo com o local onde a fratura acontece, ela pode ser mais fácil ou difícil de tratar!
Fatores de risco e causas da condição
Como dito anteriormente, as fraturas de estresse ocorrem por elevado impacto na região, acima das capacidades de absorção. Por exemplo: um corredor que não respeita o tempo de descanso e recuperação óssea, pode ter facilmente uma fratura por estresse no pé. O mesmo vale para qualquer tipo de atleta. Entre os fatores de risco, temos:
- Envelhecimento;
- Excesso de peso;
- Menopausa (mulheres).
Diagnóstico
Em suma, o desconforto e queimação são os primeiros sintomas da região afetada por fratura de estresse do pé. Vamos entender melhor os locais afetados e as dores recorrentes:
- Navicular: dor na região interna do pé;
- Calcâneo: dores na região posterior, semelhante a fascite plantar;
- 5 metatarso: dor na região lateral e externa do pé;
- 2 metatarso: dor na região central do pé, na almofadinha e ao lado do dedão;
- Maléolos medial e lateral: dores nas regiões interna e externa do tornozelo.
Tratamento
O tratamento dependerá sempre do osso acometido. Dessa forma, para cada local existe um tipo de abordagem diferente. Se a fratura estiver, por exemplo, no calcâneo, classifica-se como de baixo risco.
Assim, todas atividades de impacto são paradas e utiliza-se tratamento fisioterapêutico para agilizar todo processo de consolidação. Caso, a fratura atinja os metatarsos, classifica-se como de alto risco. Assim, ocorre a mobilização do local, retirada total das atividades de impacto e, em alguns casos, até mesmo uma intervenção cirúrgica é necessária!
Ou seja, ao sentir dores constantes em uma região isolada do pé, sem razões aparentes, procure um médico: você pode ter uma fratura por estresse!
Prevenção
Caso você pratique esportes constantemente, torna-se interessante cuidar no excesso de carga e treino para evitar fratura de estresse do pé. É fundamental deixar seu corpo, articulações, ossos e músculos se regenerarem!
Outro fator importante é a melhora da sua força e mobilidade articular. Por fim, o uso de calçado adequado para seu esporte também é importante. Ajuda a absorver o impacto e estabilizar adequadamente o pé e o tornozelo.
Tem dúvidas sobre o assunto? Entre em contato com a gente!